terça-feira, 4 de agosto de 2009

A QUARTA PALAVRA DE JESUS

"O texto para a mensagem de hoje está no evangelho segundo São Mateus capítulo 27,versículo 46.


Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias. E logo um deles correu a buscar uma esponja, e, tendo-a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe a beber. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo." (Mateus 27:46 a 49).


O texto que acabo de ler, relata o momento mais doloroso na vida de Cristo. Pregado na cruz e impossibilitado de se mexer, estava aí pagando o preço de nossa culpa.


"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Alguns comentadores bíblicos dizem que na agonia, Jesus começou a delirar e não sabia o que estava falando. Outros argumentam que o sofrimento físico era tão grande que aquela exclamação de abandono foi, praticamente, arrancada de seus lábios por causa da dor.


Pessoalmente não concordo com essas duas maneiras de interpretar o clamor de Jesus. Primeiro porque Jesus esteve consciente até o último minuto de sua vida. Tanto assim que depois, Ele disse, "Está completo o trabalho da salvação", "está consumado". Ele estava plenamente consciente, não delirava.


Em segundo lugar: é verdade que o sofrimento físico era terrível, mas mesmo assim em sua mente não existia a menor dúvida de que estava chegando ao sacrifício para salvar aquilo que Ele mais amava neste mundo: o ser humano. Sendo assim, a idéia de salvar o homem sublimava o sofrimento. A expressão de abandono não foi arrancada de seus lábios pela dor, embora a dor física estivesse bem presente na cruz.


Mas então, o que significa aquele clamor de abandono? Pergunto de outra maneira. Pode Deus abandonar seus filhos no momento em que eles mais precisam dEle? E se a vida de Jesus foi uma vida de permanente comunhão com seu Pai, por que Deus O abandonaria na hora mais difícil? Ele não abandonou o povo de Israel quando estava diante do mar vermelho. Não abandonou os três jovens hebreus na fornalha ardente. Não abandonou a Daniel na cova dos leões. Ele promete que nunca nos abandonará, que nunca nos deixará. Ele diz até que uma mãe pode se esquecer do filho que deu à luz, mas Deus nunca se esquecerá de nós. Como é então que, no momento mais crítico, o Pai se esquece de Jesus? Em que sentido Deus se afastou do Filho? Vamos tentar explicar este assunto.


Primeiro: essa expressão "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" é uma expressão que está registrada no Salmo 22, versículo 1. Jesus deve ter aprendido o Salmo 22 quando era criança. De certa maneira, o Salmo 22 era uma profecia do que aconteceria na cruz do calvário. Este Salmo começa assim: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Salmo 22:1)


O versículo 2 apresenta outro clamor de tristeza e solidão do salmista; e o versículo 3 explica:"Contudo tu és santo..."(Salmo 22:3)


Quer dizer que Deus abandonou seu Filho porque Deus é santo? Se você ler Habacuque capítulo 1, versículo 13 talvez entenda melhor o que estou dizendo. Esse verso diz assim: "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar..." (Habacuque 1:13)


Agora juntemos as peças para formar o quadro. Antes de mais nada, é preciso saber que na cruz do calvário o Senhor Jesus estava pagando o preço do pecado. Do pecado de quem? Do seu, do meu, do pecado de todos os seres humanos de todos os tempos; todos os pecados havidos e por haver, todos os pecados imaginados, todos os pecados acontecidos ao longo da história desde o primeiro pecado de Adão e Eva, até o último pecado que neste momento está sendo cometido. Todos os pecados; os que serão cometidos amanhã e depois de amanhã; todos os pecados de todos os tempos, de todos os homens foram depositados nos ombros do Senhor Jesus quando morreu na cruz. E Habacuque 1:13 disse: "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar..."( Habacuque 1:13)


Meu amigo, o mais terrível do pecado é a separação que ele provoca entre o Criador e a criatura. O mais terrível do pecado está retratado na cruz. O pecado separou Deus, o Pai, de Deus, o Filho. Os olhos do Pai são tão puros que não podiam contemplar a iniqüidade. "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste"? "Porque tu és santo", é a resposta que Ele mesmo dá. O pior do pecado não é o ato em si, o perverso do pecado é a separação que ele provoca entre Deus e a criatura.


Qual é o conceito que temos do pecado? O que é pecado? Por favor, não me digam que o pecado é a transgressão da lei, porque a Bíblia não diz isso. O que a Bíblia afirma em 1 João 3, verso 4 é o seguinte: "Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei: porque o pecado é a transgressão da lei".(1 João 3:4)


Todo aquele que comete pecado também infringi a lei. Também. Se eu digo: Senhores, eu estou hoje também com paletó, quer dizer que antes de estar com paletó eu estou com camisa, por exemplo. E se o texto bíblico diz: "Todo aquele que comete pecado também infringi a lei", quer dizer que o pecado antes de ser transgressão da lei é outra coisa. O pecado não é somente transgressão da lei. O pecado é algo mais profundo.


Para explicar isto, eu quero convidar-lhes a fazer uma lista de pecados: matar, roubar, mentir, adulterar, cobiçar, desonrar o pai e a mãe, enfim. Nós podemos fazer uma lista enorme de pecados. E o que diriam vocês se eu lhes dissesse que tudo isto, matar, roubar, mentir, adulterar, tudo isto não é pecado? O que me diriam? Pensariam que estou apresentando uma heresia? Então, não o direi. Deixarei que S. Paulo o diga. Aqui na epístola que São Paulo escreveu aos Gálatas no capítulo 5, versículo 19, vejam o que está escrito: "Ora, as obras da carne são conhecidas..." (Gálatas 5:19)


Outras versões da Bíblia dizem: "Porque as obras da carne são manifestas..." Estar no pecado é estar na carne; estar na carne é estar no pecado. E Paulo diz que: o fruto de estar no pecado, os resultados, as consequência são as seguintes. Escutem o que diz em Gálatas 5, versos 19 a 21:


"Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias..." (Gálatas 5:19 a 21)


Tudo isto, diz Paulo, é o fruto do pecado.


Amigos, entendam bem; o ser humano não é pecador porque mata, não! O ser humano mata porque é pecador. O problema do ser humano não é que matou, e porque matou, se tornou um pecador. Não! O ser humano é um pecador, e porque é um pecador acaba matando, roubando, mentindo, adulterando...


Se o ser humano não fosse um pecador não faria nada disso porque essas são as obras do pecado, os frutos, o resultado do pecado. Mas nós, seres humanos, somos muito superficiais em nossa maneira de encarar a vida. Estamos somente preocupados em não matar, não roubar, não adulterar, não mentir. Estamos somente preocupados em corrigir os frutos, e não o verdadeiro problema do pecado.


Vou fazer uma ilustração. Vamos dizer que eu tivesse um pomar aqui e não quisesse que meu pomar produzisse laranjas. Só que, bem no centro do meu pomar há um pé de laranja. Que deveria fazer para que meu pomar não produzisse laranjas?


Há dois caminhos: o primeiro é pegar um facão e ficar montando guarda dia e noite embaixo do pé de laranja. No momento que aparecer uma laranja, a corto, aparece outra laranja, também a corto. Só que vou descobrir que enquanto estou cortando esta laranja aparecem duas lá em cima; aí subo para cortar essas e enquanto isso aparecem aqui embaixo mais quatro laranjas. Corro para cortar estas e cada vez aparecem mais e mais laranjas; e eu corto aqui, lá e acolá e não acabam nunca; e um dia me canso e digo: é impossível acabar com as laranjas.


Tem muita gente hoje que diz que é impossível guardar os mandamentos de Deus; é impossível viver sem matar, sem roubar, sem mentir, sem adulterar; é impossível. Claro, estamos querendo que o pomar não produza laranjas cortando laranjas? Mas há outra maneira mais inteligente de acabar com as laranjas. Em lugar de estar cortando laranjas, faço o quê? Arranco o pé de laranja. E aí se acabam as laranjas.


Amigos queridos, o pecado é o pé de laranja, e os atos pecaminosos, roubar, matar, mentir, tudo isso, são as laranjas. Nós não podemos concentrar a nossa atenção simplesmente em cortar laranjas, temos que arrancar o pé de laranja. Temos que resolver o problema do pecado; não somente as consequências do problema.


O verdadeiro cristianismo não é apenas casca. O cristianismo não é superficialidade. O cristianismo não é fachada. Jesus não veio para que os homens tivessem uma fachada bonita de homens morais, corretos e bons cidadãos. Jesus veio para transformar o coração, para limpar a mente, para corrigir o pecado de dentro para fora, não simplesmente para corrigir por fora, porque Jesus sabia que transformando o coração e a mente, os hábitos externos também seriam bons.


E agora vem a pergunta: Pastor, e se matar, roubar, mentir, adulterar é fruto do pecado, diga-me então, o que é pecado? É muito simples, se um homem é justo é porque está em Jesus, que é a Pessoa Justiça. Em que momento o ser humano se torna pecador? Quando ele se afasta de Jesus, que é a Pessoa Justiça. O ser humano somente é justo quando está ligado a Jesus, quando está vivendo em comunhão com Ele, vinte e quatro horas por dia com Jesus, em comunhão íntima com Ele. No momento em que o ser humano se afasta de Jesus, se torna um pecador.


Quem é pecador? Pecador é aquele que está separado de Jesus. Porque pecado é separação de Deus. Na cruz, Jesus carregava o pecado de toda humanidade e Ele disse: "Por que me desamparaste?" "Por que não consigo ver? Há uma parede divisória entre mim e ti."


Pecado é isso: separação de Deus. E um homem é pecador porque se afasta de Deus. Mas, existem dois tipos de pecadores: os pecadores que com um pouco de força de vontade não matam, não roubam, não mentem e guardam os dez mandamentos ao pé da letra. Querem um exemplo? O jovem rico. Ele é o típico exemplo do pecador que guardava os dez mandamentos e tinha uma vida moral correta.


Tem muita gente que pensa que porque guarda os mandamentos já está salvo. Queridos, é possível guardar mandamentos e estar completamente perdido. O jovem rico é um exemplo disso.


O outro tipo de pecador é aquele que vive uma vida moralmente errada e quebranta todos os mandamentos de Deus. Quer um exemplo? A Maria Madalena. Mas se eu colocasse diante de você a Maria Madalena e o jovem rico você pensaria que o jovem rico estava salvo e que a Maria Madalena estava perdida. Só que diante de Deus, ambos estavam perdidos porque ambos estavam separados de Deus.


Amigo querido, quando Jesus veio a este mundo, não veio somente para nos ensinar a guardar mandamentos, Ele veio para nos reconciliar com o Pai, para trazer-nos de volta. E o propósito da religião verdadeira e autêntica, é justamente religar. Daí vem a palavra religião. Religião não é vestir a camiseta de uma igreja, não! Religião é voltar à Jesus. Religar-se com Deus. Aprender a viver com Jesus vinte e quatro horas por dia. E o dia que você aprender a viver com Ele verá como sua vida vai ter outra dimensão completamente diferente, e acabará fazendo a vontade de Deus.


Você pode estar perguntando, Pastor, como se pode viver com Jesus vinte e quatro horas por dia? E a que horas a gente come, trabalha ou dorme? Aí está o assunto: cristianismo não é ir à igreja uma vez por semana, no domingo, ou sábado, não! Cristianismo não é simplesmente carregar a Bíblia, para que todo mundo veja, não! Cristianismo não é estudar minha Bíblia de vez em quando. Cristianismo não é somento orar de manhã e orar à noite, não! Isso tudo pode ser uma parte do cristianismo. Mas cristianismo é companheirismo permanente com Jesus vinte e quatro horas por dia.


Levantar com Jesus, escovar os dentes com Jesus, lavar o rosto com Jesus, tomar café da manhã com Jesus, entrar no ônibus com Jesus, ir ao trabalho com Ele, trabalhar com Ele. Comprar, vender com Jesus, estudar com Jesus, namorar com Jesus, entrar e sair da loja com Jesus, assinar o cheque com Jesus, viver vinte e quatro horas por dia com Jesus, chegar à noite, tomar banho, deitar e dormir nos braços de Jesus. Isso é cristianismo.


Agora diga-me algo: Por que você de repente descobre um cristão que vai à igreja, que estuda a Bíblia, mas dá calote em todo mundo? Porque ele nunca entendeu o que é vida cristã; ele pensa que é cristão somente porque se batizou numa igreja.


Por que você encontra por aí um cristão que estuda a Bíblia, mas vive brigando com todo mundo? Por que você acha cristãos que são patrões injustos com seus trabalhadores? Ou empregados negligentes para seus patrões. Por quê? Porque não entendeu o que é a vida cristã. Você acha que se Jesus estivesse ao meu lado, seria desonesto em meus negócios?


Sabe do que está precisando este mundo? De que Jesus entre e revolucione a vida; é de que eu entenda que cristianismo é viver com ele vinte e quatro horas por dia.


Quero que saiba de algo importante: seu problema não é o homossexualismo, nem a droga, nem o caráter. Isso tudo é o fruto de seu problema. O seu problema é que você está longe de Jesus.


Então venha a Jesus, assim como estiver, abra-lhe o coração e entregue-lhe a vida.



ORAÇÃO

Querido Pai, na cruz foi revelado a faceta mais perversa do pecado. Teu querido filho, que por amor a nós assumiu nossas falhas e sentiu a separação que o pecado provoca entre o Criador e a criatura. O resultado é triste, é a solidão, a tristeza e a miséria que consome nosso coração. Mas aqui estamos, suplicando-Te que nos recebas de volta e que habites em nós. Aceita-nos Senhor, em nome de Jesus, amém.

Que DEUS abençoe a todos.

Isaías 66:13

Terça-feira 4 Agosto
Como a alguém que sua mãe consola, assim eu vos consolarei (Isaías 66:13).

COMO UMA MÃE“A mão que balança o berço é a que governa o mundo.” Esse ditado inglês enfatiza a importância do papel de uma mãe. O valor de uma pessoa depende muito da educação e cuidados maternos na tenra infância. A atitude da mãe condiciona em parte o comportamento do filho adulto. Ela deve desejar que seu filho se torne uma pessoa justa e reta. Deve ensinar os valores da vida: ternura, verdade, o respeito pelos outros, o sentido do esforço e da perseverança. No entanto, tal ensino se transmite sem que ela perceba, em situações rotineiras, porque a criança “capta” o que existe além das palavras, os sentimentos e as motivações por detrás dos atos. A Escritura reafirma amplamente a influência da mãe no desenvolvimento moral e espiritual dos filhos. Na prática, uma mãe pode mostrar que “o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Salmo 111:10). Essa sabedoria, cuja fonte é Deus, influi nas palavras e ações da criança.

Antes de tudo, uma mãe cristã deseja que seu filho ou filha receba Jesus Cristo como Salvador e mantenha um relacionamento pessoal com Ele. Ela ora por eles, responde suas perguntas com sábios conselhos e frequentemente os consola e alenta. Não vacila em repreender quando necessário, porque a disciplina é parte da educação. Assim ensina Hebreus 12:5-6: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho”. Que nobre tarefa!

Que DEUS abençoe a todos.

Efésios 6.12

4 de Agosto

"...Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." Efésios 6.12

Um filho de Deus está sujeito a grandes tentações. O silêncio dos cemitérios é um silêncio de morte. Mas onde há vida, há luta. Uma pessoa que sabe que ressuscitou com Cristo, que, portanto, é renascida, também sabe que é violentamente tentada por Satanás. Satanás manda adversários para difamar os cristãos por causa de sua fé e fazer com que tenham muito trabalho com as tendências naturais e com os instintos carnais. Um cristão nominal não precisa temer essas coisas, pois não representa um desafio para o reino de Satanás. Mas o verdadeiro filho de Deus sempre está na ofensiva em relação ao reino das trevas. A nossa armadura está descrita no livro de Efésios, capítulo 6. A pessoa que é renascida sabe: o Senhor a deixou aqui nesta terra a fim de anunciar o Evangelho libertador a outras almas que ainda estão presas ao inimigo. Sendo ativo o nosso sim a Jesus, o não do diabo em relação a nós também é ativo. Você já derramou lágrimas por causa das tentações interiores e exteriores? Isso é um bom sinal. O Senhor Jesus diz: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.".

Que DEUS abençoe a todos.

João 18.1-11

João 18.1-11

1 Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim; e aí entrou com eles.
2 E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
3 Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas.
4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra.
7 Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno.
8 Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;
9 para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.
10 Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.
11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?


João 18:1-11

Depois de "a glória que me tens dado" (17:22) vem "o cálice que o pai me deu" (v. 11). Em completa dependência, o Senhor Jesus recebe ambos das mãos de Seu Pai. Mas, de acordo com o caráter deste Evangelho, não vemos aqui, como em Lucas 22:44, a agonia do Senhor. Aqui, no pensamento do Filho obediente, a obra já está concluída (17:4).

O miserável Judas sabe aonde conduzir a companhia armada que deve capturar o Senhor, pois esse é o lugar de muitos encontros íntimos e preciosos, dos quais ele mesmo havia participado.

Aquele a quem chamam com desprezo "Jesus de Nazaré" não é outro senão o Filho de Deus. Em pleno conhecimento do que ia ocorrer, Ele se adianta e se apresenta a esta tropa ameaçadora. Dá, de Seu poder soberano, uma prova que teria permitido reconhecê-LO das Escrituras (Salmo 27:2). Com apenas uma palavra, Ele atira os Seus inimigos ao chão. Mas, qual é o pensamento de Seu coração nesse momento tão terrível para Ele? É o mesmo de sempre, pensa em Seus amados discípulos - "deixai ir estes", é Sua ordem àqueles que vieram para prendê-LO. Até o último instante, o bom Pastor velaria por Suas ovelhas. Agora chegou o momento em que dá a Sua vida por elas (10:11).

Que DEUS abençoe a todos

João 17:14-26

João 17:14-26

14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.
15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.
16 Eles não são do mundo, como também eu não sou.
17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.
20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;
21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;
23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste.
26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.


João 17:14-26

Os crentes não são tirados do Mundo quando se convertem (v. 15). Pelo contrário, são expressamente enviados ao Mundo (v. 18) para cumprir a obra que lhes têm sido encomendada (compare v. 4). Contudo, não são do Mundo, como o Senhor Jesus não era dele. A posição deles é de estrangeiros chamados a servir a seu Soberano em um país inimigo. Mas este incomparável capítulo nos ensina que, longe de serem esquecidos aqui na Terra, os crentes têm um "grande sumo sacerdote" que intercede por eles diante do trono da graça (compare Hebreus 4:14-16). Escutemos o que Ele pede ao Pai por eles: "que os guarde do mal", porque neste Mundo estão expostos à contaminação (v. 15).

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade": eis aqui a separação indicada para aqueles que obedecem à Palavra.

"A fim de que todos sejam um": este é o desejo de Seu coração, e que nos humilha quando pensamos nas divisões que existem entre os cristãos.

Finalmente: "Que onde eu estou, estejam também comigo..." (v. 24). Os que não são do Mundo não ficarão no Mundo. A sua porção eterna será estar com o Senhor Jesus para ver a Sua glória. "Quero", disse o Senhor Jesus, pois a presença dos Seus com Ele no céu é para a Sua glória e para a de Seu Pai, porque eles testificam os plenos resultados de Sua obra.

Que DEUS abençoe a todos

João 17.1-13

João 17.1-13

1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,
2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer;
5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.
6 Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra.
7 Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti;
8 porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;
10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado.
11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
13 Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos.


João 17:1-13

O Senhor Jesus, tendo dado as Suas últimas recomendações a Seus queridos discípulos e tendo-se despedido deles, se volta para Seu Pai. Ele nunca reivindicou algo para Si mesmo, mas agora pede a glória. É que a honra ao Filho obediente, glorificando-O, contribui para a glória de Deus, o "Pai justo" (v. 25).

Como um mensageiro fiel, o Senhor Jesus presta conta da missão que cumpriu neste Mundo (v. 4). Um dos lados dessa obra havia sido falar do Pai aos Seus (v. 6 e 26); agora Ele fala dos Seus ao Pai, a fim de confiá-los ao Seu cuidado, pois Ele mesmo vai deixá-los. Os Seus argumentos são comovedores: "Eles têm guardado a tua palavra... e creram que tu me enviaste". Isso é o que primeiro tem a dizer, ainda que saibamos quão débil era a fé dos pobres discípulos (v. 6-8; compare 14:9).

Ademais "são teus..." (v. 9), prossegue o Senhor, "e neles eu sou glorificado", recorrendo assim ao interesse que o Pai tem pela glória do Filho. Finalmente, enfatiza a difícil situação de Seu povo redimido que permanece em um Mundo tão perigoso e que põe em prova a fé. O Senhor Jesus é o perfeito Intercessor advogando a favor de Seus discípulos; Ele faz o mesmo por nós hoje.

Que DEUS abençoe a todos.

2 Samuel 21:12-21

2 Samuel 21:12-21

12 Então foi Davi, e tomou os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho, dos moradores de JabesGileade, os quais os furtaram da rua de Bete-Sã, onde os filisteus os tinham pendurado, quando feriram a Saul em Gilboa.
13 E fez subir dali os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados.
14 Enterraram os ossos de Saul, e de Jônatas seu filho na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de seu pai Quis, e fizeram tudo o que o rei ordenara; e depois disto Deus se aplacou com a terra.
15 Tiveram mais os filisteus uma peleja contra Israel; e desceu Davi, e com ele os seus servos; e tanto pelejaram contra os filisteus, que Davi se cansou.
16 E Isbi-Benobe, que era dos filhos do gigante, cuja lança pesava trezentos siclos de cobre, e que cingia uma espada nova, intentou ferir a Davi.
17 Porém, Abisai, filho de Zeruia, o socorreu, e feriu o filisteu, e o matou. Então os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel.
18 E aconteceu depois disto que houve em Gobe ainda outra peleja contra os filisteus; então Sibecai, o husatita, feriu a Safe, que era dos filhos do gigante.
19 Houve mais outra peleja contra os filisteus em Gobe; e El-Hanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu Golias, o giteu, de cuja lança era a haste como órgão de tecelão.
20 Houve ainda também outra peleja em Gate, onde estava um homem de alta estatura, que tinha em cada mão seis dedos, e em cada pé outros seis, vinte e quatro ao todo, e também este nascera do gigante.
21 E injuriava a Israel; porém Jônatas, filho de Simei, irmão de Davi, o feriu.


2 Samuel 21:12-22

Novamente Davi honra a memória de Saul e seus descendentes. Ele se encarrega pessoalmente do funeral deles.

Então Deus nos conta outro episódio glorioso. Quatro formidáveis inimigos, filhos de gigantes, aparecem em cena. Eles são vencidos, um após outro, pelos homens de Davi. Ele mesmo deu o exemplo para seus soldados ao ser o primeiro a vencer o Golias original, o maior e mais poderoso de todos os seus adversários. Ele lhes mostrou o que a confiança em Deus pode fazer.

O grande conflito da cruz jamais será repetido. Satanás está derrotado. Mas, se somos discípulos de Cristo, também enfrentamos batalhas. Diferentemente de Davi neste episódio, nosso Senhor sempre está conosco e nunca se cansa. Ele nos dá a vitória, desde que estejamos lutando para a Sua glória e por Seu nome – sempre através da perseverante e simples oração da fé. E tais inimigos, cuja aparência é aterradora e monstruosa, fugirão diante do todo-poderoso nome de Jesus, no qual nos firmamos. Você já teve uma experiência com o invencível poder do nome de Jesus?



Que DEUS abençoe a todos.

2 Samuel 21:1-11

2 Samuel 21:1-11

1 E HOUVE nos dias de Davi uma fome de três anos consecutivos; e Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas.
2 Então chamou o rei aos gibeonitas, e lhes falou (ora os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do restante dos amorreus, e os filhos de Israel lhes tinham jurado, porém Saul, no seu zelo à causa dos filhos de Israel e de Judá, procurou feri-los).
3 Disse, pois, Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? E que satisfação vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?
4 Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. E disse ele: Que é, pois, que quereis que vos faça?
5 E disseram ao rei: O homem que nos destruiu, e intentou contra nós de modo que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em termo algum de Israel,
6 De seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao Senhor em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor. E disse o rei: Eu os darei.
7 Porém o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por causa do juramento do Senhor, que entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul.
8 Mas tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha da Aiá, que tinha tido de Saul, a Armoni e a Mefibosete; como também os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita,
9 E os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o Senhor; e caíram estes sete juntamente; e foram mortos nos dias da sega, nos dias primeiros, no princípio da sega das cevadas.
10 Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de cilício, e estendeu-lho sobre uma penha, desde o princípio da sega até que a água do céu caiu sobre eles; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.
11 E foi contado a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá, concubina de Saul.


2 Samuel 21:1-11

Vemos um confronto, no final do capítulo 19, entre Judá e as tribos de Israel. Seba, um novo inimigo, se aproveita disso e incita o povo à revolta (cap. 20). É assim que Satanás toma vantagem na maioria de nossas disputas e se alegra nas divergências que surgem entre os filhos de Deus.

Com a morte de Seba, a ordem foi restaurada. A estrutura do reino (8:15-18) é restabelecida (20:23-26), com a diferença de que os filhos de Davi não eram mais os oficiais principais. Após o caso de Absalão, entendemos muito bem por quê.

Nossa leitura de hoje mais uma vez começa com uma triste história. Saul tinha violado o pacto feito anteriormente entre Israel e os gibeonitas (Josué 9:15). Depois de muito tempo, o crime dele vem à luz e exige-se uma expiação, de acordo com Números 35:19. Não se engane, o tempo não apaga a culpa dos pecados que cometemos; Deus sempre os tem diante dos olhos. Mas, para o crente, o sangue de Cristo cobre inteiramente todos os nossos pecados. Pendurado no madeiro (Atos 5:30; 10:39), suportando a maldição, Jesus expiou nossos pecados, o Justo pelos injustos (1 Pedro 3:18). A Ele nossa gratidão e nossa adoração agora e para todo o sempre!



Que DEUS abençoe a todos.

2 Samuel 19:31-43

2 Samuel 19:31-43

31 Também Barzilai, o gileadita, desceu de Rogelim, e passou com o rei o Jordão, para o acompanhar ao outro lado do Jordão.
32 E era Barzilai muito velho, da idade de oitenta anos; e ele tinha sustentado o rei, quando tinha a sua morada em Maanaim, porque era grande homem.
33 E disse o rei a Barzilai: Passa tu comigo, e sustentar-te-ei comigo em Jerusalém.
34 Porém Barzilai disse ao rei: Quantos serão os dias dos anos da minha vida, para que suba com o rei a Jerusalém?
35 Da idade de oitenta anos sou eu hoje; poderia eu discernir entre o bom e o mau? Poderia o teu servo ter gosto no que comer e beber? Poderia eu mais ouvir a voz dos cantores e cantoras? E por que será o teu servo ainda pesado ao rei meu senhor?
36 Com o rei passará teu servo ainda um pouco mais além do Jordão; e por que me recompensará o rei com tal recompensa?
37 Deixa voltar o teu servo, e morrerei na minha cidade, junto à sepultura de meu pai e de minha mãe; mas eis aí está o teu servo Quimã; passe ele com o rei meu senhor, e faze-lhe o que bem parecer aos teus olhos.
38 Então disse o rei: Quimã passará comigo, e eu lhe farei como bem parecer aos teus olhos, e tudo quanto me pedires te farei.
39 Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e passando também o rei, beijou o rei a Barzilai, e o abençoou; e ele voltou para o seu lugar.
40 E dali passou o rei a Gilgal, e Quimã passou com ele; e todo o povo de Judá conduziu o rei, como também a metade do povo de Israel.
41 E eis que todos os homens de Israel vieram ao rei, e disseram ao rei: Por que te furtaram nossos irmãos, os homens de Judá, e conduziram o rei e a sua casa dalém do Jordão, e todos os homens de Davi com eles?
42 Então responderam todos os homens de Judá aos homens de Israel: Porquanto o rei é nosso parente; e por que vos irais por isso? Porventura comemos às custas do rei, ou nos deu algum presente?
43 E responderam os homens de Israel aos homens de Judá, e disseram: Dez partes temos no rei, e até em Davi mais temos nós do que vós; por que, pois, não fizestes conta de nós, para que a nossa palavra não fosse a primeira, para tornar a trazer o nosso rei? Porém a palavra dos homens de Judá foi mais forte do que a palavra dos homens de Israel.


2 Samuel 19:31-43

O final do capítulo 17 mostra Barzilai como um dos homens que usou a própria riqueza para o bem do povo. Davi não esqueceu isso. O grande Rei que virá em glória também se lembrará dos benditos de Seu Pai. Ele lhes dirá naquele dia: “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me” (Mateus 24:34-36).

Cheio de consideração, Barzilai não queria ser um peso para o rei, mas lhe confiou seu filho Quimã. É o maior desejo dos pais cristãos ver seus filhos seguindo ao Senhor, sendo cuidados e abençoados por Ele. Davi prometeu a Barzilai: “Tudo quanto me pedires te farei” (v. 38; João 14:14, onde o Senhor diz para os Seus: “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”).

Davi agora cruza novamente o Jordão. Mais uma vez desfrutará de Canaã, um tipo do céu, do qual por um tempo esteve longe devido aos seus pecados. O filho de Deus tem a mesma experiência. Todo pecado o priva de desfrutar o céu no presente. Portanto, ele tem de refazer seus passos, cruzar o Jordão de novo (morte), parar em Gilgal (autojulgamento) para obter de volta a maravilhosa comunhão com o Senhor.



Que DEUS abençoe a todos.